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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Francisco Veras pronto para plantar

Os 23 viveiristas contratados pelo Centro Cultural Francisca Veras para executar o convênio com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que prevê a produção de 2,88 milhões de mudas de árvores nativas para o Projeto Plantando o Futuro, receberam treinamento na Universidade Federal de Viçosa (UFV) e estão aptos para começar as atividades de plantio e manutenção.

O curso de formação de viveiristas, ministrado entre os dias e 12 e 14 de setembro, foi promovido pela Sociedade de Investigações Florestais (SIF), parceira da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e pelo Polo de Excelência em Florestas. As disciplinas apresentadas pelo professor da UFV, Eduardo Borges, e pelo Líder Técnico e Gerencial da Evolução Florestal, Alex Freitas, abordaram metodologias de extrativismo de sementes e produção em escala de mudas nativas.

Para o ministrante Alex Ferreira de Freitas, “foi muito gratificante ter partilhado seus conhecimentos técnicos com a equipe do projeto, pois é uma das maiores inicitivas socioambientais do Brasil.”

O convênio

De acordo com o convênio assinado com a Codemig, o Centro Cultural Francisca Veras irá fazer a construção de quatro viveiros no Estado, nas regiões Norte, Sul, Vale do Rio Doce e Triângulo Mineiro, para recuperar áreas degradas em 27 assentamentos criados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Por meio de edital de seleção, o Centro Cultural Francisca Veras selecionou, em julho, 23 pessoas para executar o projeto “RADAR Recuperação de Áreas Degradadas em Assentamento de Reforma Agrária de Minas Gerais”. 

Julho também marcou a definição do local de construção do viveiro no Vale do Rio Doce. A terraplanagem em uma área de 7.200m² já foi realizada no Assentamento Liberdade, no município de Periquito. A estrutura irá contar com galpão de trabalho, depósito e sala de beneficiamento e armazenamento de sementes.

No Triângulo Mineiro, além do mapeamento da Área de Reserva Legal no Assentamento Flávia Nunes, ficou definido que o Assentamento Emiliano Zapata, em Uberlândia, abrigará um viveiro em uma área de 2.500m², onde serão construídos galpão e escritório. A área tem curso d’água próximo e não será necessária supressão vegetal, já que o local já está limpo.

Na Região Sul, o Centro Cultural Francisca Veras está avaliando a implantação de um viveiro no Assentamento Nova Conquista, em Campo do Meio. A previsão é que este viveiro produza 120 mil mudas.

Na Região Norte, foram organizadas reuniões para explicar o funcionamento do Plantando o Futuro e do Projeto Recuperação de Áreas Degradadas em Assentamento de Reforma Agrária.

A previsão é que as 2,88 milhões de mudas cubram uma área de, aproximadamente, 2,6 mil hectares. O plantio nos assentamentos será precedido de elaboração e aprovação dos Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad's), um para cada região, com priorização das áreas com maior passivo ambiental identificado, bem como das áreas de entorno de nascentes e cursos d'água, existindo registros de passivo da ordem de 4.316,55 hectares.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Rede de Especialistas em Conservação da Natureza é apresentada durante Congresso Mundial de Conservação

Iniciativa brasileira aproxima cientistas de diferentes áreas à imprensa nacional
A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza foi apresentada no Congresso Mundial de Conservação 2016, no dia 4 de setembro, no Havaí (EUA).
O evento, realizado a cada quatro anos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), acontece de 1 a 10 de setembro e conta com de cerca de seis mil participantes. É a maior e mais importante reunião mundial de representantes e formadores de políticas ambientais desde a assinatura do Acordo de Paris – que prevê metas para que os países reduzam as suas emissões de gases de efeito estufa.

Evento de comunicação do Congresso da IUCN incluiu a Rede de Especialistas 
Crédito: Bianca Brasil 
A Rede de Especialistas e outras iniciativas da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, como a Conexão Estação Natureza e o Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, foram apresentadas durante o workshop “Estratégias Inovadoras em Comunicação – Impactando a Sociedade Por Meio de Uso Eficiente de Mídias”, como exemplos de ações que estimulam o debate e aproximam o assunto da conservação da população brasileira. Além da Fundação, três outras instituições participam desse workshop como co-organizadores: Conservation Council for Hawai'i (EUA), Fiji Environment (Fiji) e National Geographic Society (EUA).
Formada por 57 profissionais de referência nacional e internacional, a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza foi constituída em 2014, por iniciativa da Fundação Grupo Boticário. Seu objetivo é estimular a divulgação na mídia de posicionamentos em defesa da conservação da natureza brasileira.
Comunicar para transformar
O tema do congresso deste ano, “O planeta está em uma encruzilhada”, foi escolhido para alertar a população mundial de que o tempo não está a nosso favor. Porém, um dos grandes desafios das organizações que trabalham com meio ambiente é justamente conseguir levar essa mensagem às pessoas comuns, segundo a diretoria executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes, que representará a instituição no Congresso Mundial de Conservação.
“No workshop de comunicação, discutimos com participantes de diferentes países exemplos de ferramentas que têm se mostrado eficazes para sensibilizar as pessoas em prol da causa da conservação da natureza”, afirma. Para ela, o desafio das organizações ambientais no Brasil e no mundo é comunicar de modo a fazer com que as pessoas percebam a conexão entre a proteção da natureza e a vida das delas. “Isso é fundamental para que os cidadãos reconheçam a importância da natureza e se engajem na causa da conservação”, conclui.
Para saber mais sobre os membros da Rede de Especialistas, acesse o Guia de Fontes disponível aqui

sábado, 3 de setembro de 2016

Para plantar 30 milhões de árvores no estado, projeto necessita de viveiros florestais.

Para cumprir a meta do Plantando o Futuro, que é de plantar 30 milhões de árvores no Estado até dezembro de 2018, o projeto necessita que a produção de mudas seja viabilizada por meio de viveiros florestais. Estas estruturas são áreas reservadas para o cultivo de mudas. O Plantando o Futuro vai descrever como funcionam e qual a melhor maneira de construir um viveiro.
O que é um viveiro de mudas?
Um viveiro de plantas é uma porção de terra destinada para a multiplicação e para a cultura de plantas lenhosas, principalmente árvores, arbustos e plantas vivazes, até que se tornem aptas para serem transplantadas ou comercializadas. Os viveiros podem ser: permanentes, temporários e de espera.
Viveiro Permanente
O viveiro permanente tem a função de produzir mudas por durante vários anos. Neste caso o viveiro requer um planejamento muito mais minucioso, o que torna o custo mais elevado.
Viveiro Temporário
Os viveiros temporários são próprios para a produção de mudas em determinado local durante apenas certo período de tempo para cumprir um objetivo específico. Estes viveiros são de planejamento e instalações simples e são instalados próximos da área de plantio definitivo.
Viveiro de espera
O viveiro de espera também é instalado próximo à área do plantio definitivo, onde são armazenadas as mudas produzidas no viveiro permanente, para um período de aclimatação antes do plantio definitivo.
Disponibilidade de água
O viveiro deve ter uma fonte de água de boa qualidade, com produção suficiente para a abastecer a estrutura. A água deve estar livre de quaisquer poluentes e com as fontes protegidas, para evitar contaminações.
Disponibilidade de energia elétrica
O acesso à rede de energia elétrica é necessário para que sejam mantidos em funcionamento todos os equipamentos que dependem dessa fonte.
Solo
O solo deve ter boa drenagem, estar livre de plantas invasoras, doenças e pragas. Quando o solo não for impermeabilizado, o chão do viveiro deve ser coberto por uma camada de brita, ou outro material que exerça a função de facilitar o escoamento das águas e o controle de plantas daninhas.
Acessibilidade
O viveiro deve ser localizado próximo a estradas que permitam o trânsito de veículos pesados para facilitar o transporte das mudas e diminuir custos de produção.
Declividade
O terreno escolhido deve apresentar leve declividade, no máximo 3%, para evitar acúmulo de água em períodos chuvosos. Devem ser construídas canaletas de drenagem, para facilitar o escoamento do excesso de água de chuva.
Orientação
A área deve, preferencialmente, estar com sua face maior voltada para o norte, permitindo maior incidência de luz solar durante o dia todo, além de garantir maior proteção dos ventos vindos do sul.